terça-feira, 20 de abril de 2010

Exercicio de Velocidade

Este é "O" exercicio que fizemos ontem. Aqui fica exemplificado, por um "jogardozito" de trazer por casa.

Vejam e comparem...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Futebol de Rua

Hoje em dia, deparamo-nos com o problema de falta de espaços para a pratica de desportos individuais e colectivos. Hoje é impensável jogar futebol na rua de nossa casa, com os nossos vizinhos e com 2 paralelos empilhados, marcando o espaço das balizas.
Quando eramos mais novos, a preocupação das nossas mães era que não estragassemos os sapatos jogando à bola na rua. Os jogos eram interrompidos, quando vinha ao longe um carro e retomado no mesmo local, quando o mesmo já tivesse passado. Haviam autenticas competições entre equipas vizinhas ou de bairros próximos. jogavamos na rua, nos baldios (existiam baldios com balizas feitas pelos "atletas"), nos exteriores de garagens, todo e qualquer espaço era aproveitado para jogar. A velocidade de reacção era testada quando alguém partia um vidro. Ainda antes do dono do vidro aparecer, já o campo estava completamente vazio... Todos os jogadores numa velocidade incrível desapareciam do raio de visão do atingido.
Cá em Portugal, e por outras paragens, este tipo de futebol já não existe, ou se existe é numa quantidade muito reduzida. Temos as Escolas de Futebol que disponibilizam espaço para as nossas crianças poderem aprender a "jogar a bola". Hoje ainda existem paises onde o futebol de rua ainda há e onde "nascem" algumas "estrelas" do desporto-rei. São principalmente os chamados países sub-desenvolvidos que nos dão estes fenómenos. Brasil, Argentina, Angola, Gana, Camarões, Costa do Marfim e muitos outros. Estes jogadores jovens aparecem e depois são lapidados pelas grandes potencias europeias para as suas equipes principais. Alguns exemplos de jovens jogadores que foram "lapidados" na Europa são Messi, Etoo, Di Maria, Philppe Coutinho (este jogador completa 18 anos agora e já tem contrato de 6 anos com o Inter de Milão), Drogba, Maradona, Diego e muitos outros. no vídeo que se segue aparecem alguns jogadores mundialmente conhecidos a explicarem o porque da importância do "Futebol de Rua"

Mais um Blog

É com muito agrado que vos informo do aparecimento de mais um blog, feito por um dos elementos da nossa equipa técnica.
O nosso preparador fisíco, Prof. João Baía, criou o seu espaço na net, virado para as discussões opiniões do futebol que se pratica e se treina.
Aqui fica o link que também vai estar disponibilizado na barra lateral do nosso blog:
www.futebolcomotudoeumtodo.blogspot.com

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Os fabricantes de espaços - OS POLIVALENTES

O que aconteceu ao jogo para se ter esbatido tanto as referências de cada posição?
in Planeta do Futebol
“O futebol mudou muito. Os jogadores também. Hoje, estar em campo, implica um nível de conhecimento do jogo muito superior ao de tempos atrás. O conceito de polivalência é muito utilizado no sentido de um jogador pode fazer mais do que uma posição, mas onde essa ideia faz hoje realmente sentido é na capacidade dele alternadamente interpretar cada posição de diferentes formas. Ao defesa não basta cortar e afastar a bola de perto da baliza. Ao avançado não basta criar perigo e tentar o golo perto da área adversária. Ambos têm de saber mais sobre o jogo. O defesa sair a jogar e entregar a bola ao médio. O avançado, perdida a bola, marcar o adversário que quer sair para o ataque. É estranho sempre que se fala em equipas trabalhadoras, pensar-se logo em equipas sobretudo defensivas, imaginando-a a correr para recuperar a bola. Nunca se aplica o mesmo termo a uma equipa que procura essencialmente jogar de pé para pé, com criatividade. Não faz sentido. Em qualquer momento, o jogo só pode ser totalmente entendido se a equipa unir as duas palavras. Trabalhar com criatividade. Aos jogadores aplica-se o mesmo. Nesta síntese, está a capacidade de perceber e dominar as diferentes faces do jogo a partir da sua posição. Pensem, por exemplo, nos laterais. Vejo Lino a destacar-se no FC Porto e tal resulta de acções em que, anos atrás, os defesas-laterais nem pensavam. Antes bastava-lhes saber defender. Secar o extremo e já está. Hoje, é lhes exigido que saibam ligar defesa e meio-campo, invadindo outros sectores, já não como defesas, mas como personagens do momento ofensivo. Os tempos são tão confusos que, no caso de Lino, destaca-se por uma acção antes quase contra-natura e precisa claramente de melhorar aquela que seria, na raiz do jogo, mais natural naquela posição: defender. Também os médios ofensivos têm que saber jogar para recuperar a bola e não só com ela no pé. Outras posições seguiram a mesma lógica. Para fazer carreira ao mais alto nível, o jogador tem hoje de jogar muito mais no chamado jogo total do que no passado. Faz lembrar uma ideia de Jordan que dizia haver na NBA jogadores muito hábeis mas que não entendiam o jogo e, por isso, não rendiam o suficiente. Com o futebolista é igual. Mas o que terá acontecido ao futebol para que se tenha esbatido tanto as referências mais fortes de cada posição? A resposta estará em palavras como velocidade e espaço. É estranho ouvir treinadores dizer que o jogo correu mal porque a equipa não teve espaços. Mas por que haveria de os ter? É exactamente nisso em que se baseia este jogo. Em criar espaços. Quem o conseguir melhor, metendo-lhes rapidez de execução, fica mais próximo de o controlar e ganhar. Por isso, as posições ganharam outras vidas. Cada uma é responsável por, primeiro, controlar o seu espaço natural (o chamado sentido posicional) e, depois, partir para a conquista do espaço adjacente. É nesse momento que o jogador, em qualquer posição, se torna um trabalhador criativo. Um fabricante de espaços.”

Este sinal de polivalência e adaptabilidade no futebol português é muito frequente. Há treinadores que gostam de ter muitos jogadores “multifuncionais”, mas outros afirmam que esta situação não é bom nem para a equipe nem para o próprio jogador que não se especializa a determinada posição/função em campo. Longe vai o tempo onde encontrávamos jogadores que executavam determinada posição no campo desde os infantis. Hoje é normal vermos extremos convertidos em defesas laterais, ou avançados convertidos em médios defensivos. Destas situações temos os exemplos do Fábio Coentrão, César Peixoto e Rubén Amorim (Benfica), do João Pereira (Sporting) ou do Tomás Costa (Porto). Jogadores que por natureza são extremos (médios, nos casos do jogador do Porto e Rubén Amorim) e são utilizados como defesas laterais. Isto deve-se à inteligência táctica dos jogadores e a uma vontade enorme de jogar e ajudar a sua equipa. Jogam onde lhes pedem e onde lhes dão oportunidade (oportunidade que nunca deve ser desperdiçada).
Agora, há situações onde se encontram plantéis desequilibrados e onde é preciso “inventar”. Foi isso que nos aconteceu durante o nosso campeonato. Uma equipa com muitos médios e extremos, mas onde foi preciso descobrir laterais e avançados. “Invenções” foram muitas e algumas delas bem sucedidas. A principal “invenção” foi a descoberta de um jogador para jogar na função de avançado, que de natureza era defesa central – Pinto. Um jogador inteligente que é capaz de ser o primeiro a atacar e o primeiro a defender. Como deveriam ser todos os avançados. A MELHOR ALTURA PARA SE RECUPERAR A POSSE DE BOLA É… QUANDO SE PERDE.
Vem aí a Prova Extra. Competição onde vamos defrontar equipas vindas do Nacional de Juniores e onde teremos que trabalhar o dobro ou o triplo do que seria normal e ser ainda mais inteligentes. Mas, no futebol os casos de DAVID CONTRA GOLIAS, são inúmeros e o mais recente chama-se GD CHAVES – FINALISTA DA TAÇA DE PORTUGAL 2010. Para sermos um DAVID temos de trabalhar muito durante a semana e ainda mais nos jogos.