segunda-feira, 15 de março de 2010

Analise do Mister Milton Ribeiro à jornada 27


Treinador e com uma paixão muito grande pelo futebol de formação, deslocou-se ao nosso complexo para nos ver a jogar e no seu site deixou a sua analise. Aqui está a sua crónica para que todos a possam ler.

»»»» No sábado à tarde, abdiquei de ir ver o F. C. Porto (em boa altura o fiz) para estar no campo do Sra. Hora, para ver o jogo entre a equipa da casa e o Pedrouços.
A minha visita a este campo não se deveu às duas equipas em questão, mas sim para ver um dos meus meninos em acção. Esse menino, de seu nome Tiago Valente que foi meu jogador na época passada.
O jogo em si foi algo "morno", muito parado com ambas as equipas a entrarem muito lentas e sem grandes motivos de satisfação para as poucas pessoas que estavam nas bancadas, o que também ajudou a que o espectáculo não fosse melhor.
No entanto a equipa do Sra. Hora sempre se mostrou superior à equipa do Pedrouços que, surpreendentemente, tinha vencido na jornada anterior o lider Leixões, só encontro uma explicação para esse feito, é futebol... A equipa da casa adiantou-se no marcador por intermédio do defesa esquerdo que fez um excelente golo na sequência de um lance de bola parada. O 1-0 era perfeitamente justo naquela altura...
O jogo continuou na mesma toada e, percebia-se que estava mais próximo o 2-0 do que o empate para os forasteiros.
O segundo golo apareceu por intermédio do "grande" Valente que, depois de se desenvencilhar de dois adversários, atirou a contar, fazendo assim um golo de belo efeito. O jogo continuava a não satisfazer as pessoas que assistiam, falo por mim, como é óbvio e porque quem estava comigo.
Até ao final apenas vimos mais uma bola na trave da baliza do Pedrouços, atirada por Dani na sequência de um canto que tentou ser directo.
Na segunda parte e devido às alterações efectuadas por ambos os treinadores as equipas praticaram um futebol mais fluido e rápido. O Sra. Hora podia, por diversas vezes ter dilatado a vantagem, mas não o fez... o que permitiu que a equipa forasteira continuasse a "sonhar" ser possível mudar o resultado.
Certo é que a 5 minutos do fim a equipa do Pedrouços reduziu a desvantagem e encostou o Sra. Hora à sua área. Podia ter surgido o empate se não fosse o guardião da casa (que por sinal é Juvenil) a efectuar uma excelente defesa. O jogo terminaria com a vitória do Sra. Hora, justa mas que peca por escassa e que obrigou os homens da casa a sofrer até ao final.
Parabéns ao Valente que esteve em grande.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Contrariado....


Apesar de contrariado, publico esta banda desenhada que recebi, pois está muito boa.
Tenho que dar os parabéns ao produtor da mesma. Uma pequena nota. Alguns dos textos foram rectificados.

Novas Alterações - Rectificação de datas


Como havia sido anunciado e publicado pela AFP, o jogo da jornada 26 seria disputado no dia 31 de Março. Mas, agora em rectificação e com carácter de urgência foi agendado para nova data.

Assim, ficou para a seguinte data:
  • Jornada 26 - Valadares x SCSH - dia 24 de Março as 19.30h Campo do Valadares (pelado)

Esta alteração deve-se ao facto de que esta jornada deve ser disputada antes da ultima jornada regular do nosso campeonato.

Vamos agora saber quais as condições e quais são os jogadores disponíveis para esta partida.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Mais uma aula de táctica...

A bola e os músculos
26 de Fevereiro de 2010 in Planeta do Futebol
Como a alta dimensão física do jogo transforma os momentos de transição numa sucessão de lutas pela segunda bola.
Os jogos, vertiginosos, são sempre multidimensionais, mas, no final, há sempre uma imagem que fica mais na retina. Será a melhor para definir o jogo? Por vezes será um exagero, mas quando ela foge aos golos e descreve uma forma de estar em campo, até poderá morar nesse simples flash a alma do confronto global.
O frio cobre Milão. De repente, na relva, sucedem-se lances em forma de vulcão. Cada vez que a bola entrava nos últimos 25 metros do ataque do Chelsea, Drogba arrancava no seu alcance. Do lado oposto, outro jogador erguia-se e cerrava os dentes para travar a ameaça, Lúcio, o momento seguinte era o encontro entre aquelas duas montanhas de músculos com uma bola pelo meio. Um choque de monstros (defesa contra avançado) que elevava a dimensão física do jogo a níveis impossíveis de atingir para o resto do comum dos mortais em campo. Kalou ou Sjneider olhavam quase assustados para cada um desses duelos. Lúcio ganhou-os todos, sobretudo na segunda parte. Depois, cada um deles acabava caído na relva, como um soldado extenuado e o público aplaudia enlouquecido. Imperial, a intensidade atlética devorava o jogo e, até, as mudanças tácticas de Mourinho e Ancelotti.

O Inter entrara em 4x4x2 com um losango encolhido no sentido de não lhe dar largura, nem em posse. Ou seja, Sjneider era 10 mas atrás, com Cambiasso fixo a pivot, os vértices laterais (Stankovic-Motta) em vez de abrir em posse, mantinham-se quase sempre fechados, por dentro, perto da âncora Cambiasso, para ganhar os espaços (e segundas bolas que entravam neles) na máxima zona de pressão central, onde, do outro lado, vinham Lampard e Ballack, para além dos recuos de Anelka para espaços entre-linhas. Na segunda parte, Mourinho (a ganhar) tira um soldado central, Motta, e, metendo Balotelli aberto na direita, passou ao 4x3x3 com Eto`o (depois Pandev, mais musculo) na esquerda e Milito no meio (ficando atrás o duplo-pivot Cambiasso-Stankovic, com os laterais presos a fechar).
Mas voltem ao flash Lucio-Drogba.
É preocupante que duas grandes equipas façam do jogo sobretudo um choque musculado?
Sim e não. Se fosse o lado atlético a ser colocado ao serviço da técnica, penso que não. O problema é que sucede o contrário. É o lado físico que come a técnica e nem a deixa respirar. Ou seja, dificilmente a técnica consegue dar um rosto mais humano à questão física, também indispensável no futebol. Qual é a consequência mais perturbante? Ver como esta exacerbação atlética do jogo adultera a limpeza táctico-técnica dos momentos de transição que, neste contexto, acabam por ser quase sempre consequência de ganhar (ou perder) a luta (num lance dividido) pela segunda bola.